UMA REDE COLETIVA DE CONEXÕES RIZOMATICAS E KAIROLÓGICAS DE INDIVÍDUOS CONSTRUINDO A EMANCIPAÇÃO

quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

Qual o maior desafio para a auto-organização dos individuos?


Os que antes perguntavam, investigavam, brincavam, corriam e riam, são institucionalizados e padronizados para reprimirem sua genuína desobediência e serem apresentados a um mundo desinteressante mas sedutor, com padrões mágicos de atração através do estímulo do instinto.

Os que antes conversavam sentados nas praças sem preocupação, estão pensando em que emprego irão entrar depois da faculdade.

Os que pensavam que fazendo 18 anos poderiam fazer o que queriam, já estão sem querer.

Essas são a infância, a adolescência, a juventude.. ambos abandonadas por esses adultos neuróticos, compulsivos e competitivos que reproduzem geração pós geração o mantimento da autoridade, das obrigações, da obediência, do consumo, do acúmulo, do desperdício, do trabalho alienado, do desemprego, do medo, da zona de conforto, do vício, da falsa aparência, dos modos, dos preconceitos, dos padrões, da etiqueta, das modas, do entretenimento, da preguiça, do desinteresse, do estresse, da ansiedade, da depressão, da dependência, da doença.. 

Oque impede a auto-organização dos individuos, é o padrão imposto pela lógica vigente, a falta de autonomia sobre o próprio tempo, perder as energias do próprio corpo sem aproveita-las pra si, o correr atrás do dinheiro que não precisa, e trabalhar mais horas que deveria pra comprar aquilo que era pra ser gratuito. 

O entusiasmo é a ação criativa, voluntária, livre e satisfeita do ser que se diverte fazendo aquilo que acredita e que o faz sentir vivo. 

A auto-organização só acontece com a emancipação, e se emancipar é abrir mão e tomar partido.

Você está preparadx pra abrir mão de tudo que te acomoda ou só o que te incomoda? 

Você pode intervir de forma direta em qualquer função social que você se desenvolveu voluntariamente através do seu próprio conhecimento? 

E se esse mundo não te oferece as ferramentas, oque faremos sozinhos?
 
ao abandono do poder devemos seguir.
antes que o povo sucumba a toda degradação e degeneração das qualidades humanas, pois é na mesma infância golpeada pelo Estado, que vem da inocência primeira, a desobediência mais consciente e leve, pura e genial, golpeada dia após dia com açoites, vendo ela mesma que a escravidão não acabou, ela mesma é a mais escravizada e agredida pela mais cruel forma, com pais neuróticos pelo estresse social que derramam nos filhos as opressões duplicadas.. a filhos, a animais e aos idosos indefesos.. assim sendo a geração de filhos agressivos e amedrontados
aí nasce o fascismo, e assim a sociedade se destrói.
 
Toda e qualquer ação revoltosa gerada na adolescência, tem raiz na falta de natureza, ou melhor dizendo, falta de ação genuína, também chamado por Bakunin, de "atividade original e independente" que o mesmo, completa dizendo que, sem essa atividade original, somos presos a atividades "liberticidas e absurdas". essas atividades são em resumo, o puritanismo ou a depravação, gerada ao mesmo tempo pela igreja e pelo Estado, um sistema teocrático, essas atividades são derivadas da proibição, do controle e do medo, como também Wilhelm Reich definiu como inibidor do gozo a vida, neuroses sistemáticas que passamos, geração a geração, criando, de criança a adulto, couraças emocionais, brutalizando a vida social, através de relações de poder, desde o nascimento, na família, na igreja, na escola, no emprego, no militarismo, no governo, no mercado de consumo e levando a sequência geracional desse modelo medíocre.

Os adolescentes são julgados como "rebeldes sem causa" pelo conservador desse sistema social, mas olhando a fundo a ação da natureza humana, a criança é refém do animalismo até recordar a consciência e conhecer as condições da presente humanidade, assunto que Thoreau revelou em seus escritos poéticos sobre as relações necessárias entre o indivíduo e a natureza. portanto, averiguando os esforços dos homens do passado que com toda a alma refletiram sobre a potência de liberdade verdadeira, longe do conceito de liberdade que criou a sociedade de consumo, que pra ela, liberdade é poder consumir, o que nada tem haver com a liberdade aqui expressada, que é a liberdade de viver, onde sobreviver é atividade natural e viver é contemplação e criatividade solta.. 
A criança que chega ao conhecimento de suas condições, contrariada, se revolta, justamente, com causa, mesmo que com pouco conhecimento de si como um todo, a adolescência é o conflito com tudo isso, que geralmente, na juventude, se depara com ideais de liberdade, quando não capturado pelo meio acadêmico e sendo padronizado, se seguindo seu instinto de rebeldia e de consciência, naturalmente, esse está a caminho da liberdade, emperrado por todos em volta, se não liberto, adoece.

Liberdade não se pede, se conquista, com autonomia, solidariedade e organização. 

Auto-organização e livre associação 

Saúde, Tesão e Anarquia 

Um comentário:

RIZOMA KAIRÓS : CONSTRUIR DESDE A PRÁTICA

Nós somos uma malha de conexões que ligam redes através de indivíduos livremente associados, fortalecendo os processos de emancipação dos in...