UMA REDE COLETIVA DE CONEXÕES RIZOMATICAS E KAIROLÓGICAS DE INDIVÍDUOS CONSTRUINDO A EMANCIPAÇÃO

segunda-feira, 28 de julho de 2025

RIZOMA KAIRÓS : CONSTRUIR DESDE A PRÁTICA




Nós somos uma malha de conexões que ligam redes através de indivíduos livremente associados, fortalecendo os processos de emancipação dos indivíduos, a regeneração do tecido social e da natureza. Formamos núcleos organizacionais que funcionam como espaços de acolhimento, vivência, partilha e moradia coletiva — sempre em fluxo itinerante, mas com um coletivo consciente de guardiões projetando uma comunidade intencional com espaços voltados para a autogestão.

Cada processo começa no autoconhecimento, que leva às rupturas necessárias com as lógicas de dominação, escassez, obediência e mercantilização da vida. A partir disso, indivíduos se associam livremente em grupos de afinidade, formam coletivos e dão corpo aos núcleos — com oficinas (acesso livre aos conhecimentos) e cooperativas (acesso coletivo aos meios de produção).

Essa proposta se chama Rizoma Kairós: uma constituição viva, uma forma de organização livre, não institucional, que se expande em rede rizomática e se manifesta no tempo kairológico — o tempo do despertar, da oportunidade, da escolha.
É uma filosofia prática, uma rede de vida, cultura e produção voltada à autonomia e à regeneração.

As pessoas que manifestam esse campo são aquelas que despertaram para como o mundo realmente funciona — perceberam os mecanismos de opressão, exploração, adoecimento e controle — e escolheram dar prioridade à vida.
São pessoas que romperam com a lógica da obediência e do consumo, e escolheram viver em coerência com a liberdade, com a Terra, com os vínculos e com a potência coletiva.

Quem compreende o Rizoma Kairós entende que não há separação entre espaços ou movimentos, mas sim pontes, passagens e encontros.
A pessoa que vive essa consciência se torna um ponto de conexão em qualquer lugar em que esteja — num coletivo, numa associação, numa ocupação, numa aldeia, numa ecovila, numa rede digital, numa oficina ou numa rua.
Tudo se interliga quando há intenção comum e prática viva.

Nossos territórios são casas coletivas, comunas, okupas, bibliotecas comunitárias, agroflorestas urbanas, cozinhas coletivas, feiras de escambo, zonas autônomas temporárias, oficinas livres, comunidades intencionais e todas as formas possíveis de autogestão cultural, filosófica, artística e produtiva.

Não somos um partido. Não somos ONG. Não somos empresa.
Somos uma rede viva. Uma constelação de núcleos livres e interdependentes.
Não pertencemos, nos conectamos.
Não controlamos, cuidamos.
Não acumulamos, partilhamos.



Rizoma Kairós é o campo onde a liberdade se organiza em rede.
É prática, é criação, é presença, é regeneração.

Cada pessoa que vive isso já é um nó dessa rede, uma raiz que se estende, um elo entre mundos.

Se você sente, se conecta, se reconhece — já faz parte.


           (imagens apenas ilustrativas)


 


sábado, 19 de abril de 2025

Mesa de debate: Colapso ambiental e caminhos para a luta pelo meio ambiente - Live com Carlos Sagaz

A live "Colapso ambiental e caminhos para a luta pelo meio ambiente", com Carlos Sagaz, é um convite à reflexão e ação diante da crise ecológica que enfrentamos. Sagaz propõe uma abordagem que une práticas regenerativas, mobilização comunitária e consciência crítica para enfrentar os desafios ambientais.

Com uma linguagem direta e engajada, ele destaca a importância de repensar o modelo econômico atual, que prioriza o lucro em detrimento da sustentabilidade. Sagaz enfatiza que a transformação começa nas periferias, com a valorização de saberes locais e a construção de alternativas sustentáveis.

A live está disponível no canal "Mesa de Debates" no YouTube. 



sábado, 5 de abril de 2025

EPISÓDIO 0 E 1 DO PODCAST FAVELA LIBERTÁRIA - (FRENTE ANARQUISTA DA PERIFERIA)




Favela Libertária
é o podcast da Frente Anarquista da Periferia (FAP), criado como ferramenta de comunicação direta entre os movimentos populares e as comunidades oprimidas. É feito por e para quem vive nas quebradas, nas ocupações, nas beiradas esquecidas pelo Estado.

O podcast existe para fortalecer a autonomia, divulgar lutas reais, partilhar experiências de resistência e ampliar a consciência libertária nas periferias. Aqui se fala de agroecologia, autodefesa, enfrentamento à violência policial, redes de apoio mútuo, arte como ação direta, cultura de base e tudo o que fortalece a vida fora da lógica capitalista.

Favela Libertária é voz livre, sem patrão, sem partido, sem censura. Um espaço onde a periferia fala por si, com autonomia e coragem. É ação sonora de um povo que não aceita mais esperar.

Se quiser, posso transformar esse texto em áudio, vinheta ou faixa para redes. Só avisar.

sexta-feira, 28 de março de 2025

APOIE A REBELIÃO, URBANA AUTÔNOMISTA!.

LANÇAMENTO DO MANUAL R.U.A 
O MANUAL DE PERMACULTURA URBANA
DO GUETO PARA O GUETO

R.U.A. É um guia prático de resistência e regeneração escrito por MC Carlos Sagaz, feito para quem vive nas periferias e quer transformar a realidade a partir do que já tem. Não é teoria distante—é um chamado para agir.

O manual ensina como criar autonomia concreta no meio da cidade: como plantar comida em espaços pequenos, reaproveitar água, construir com materiais que iriam pro lixo e organizar a comunidade sem depender do poder público. Ele une permacultura, saberes ancestrais e cultura de rua, mostrando que a solução não vem de cima, mas das mãos de quem vive no dia a dia das quebradas.

Não fala em "sustentabilidade" como moda—fala de sobrevivência e poder popular. É para quem sabe que a crise climática bate mais forte nas favelas e que a resposta está na união entre vizinhos, na horta que vira farmácia, no terreno abandonado que vira bosque de comida.

É, acima de tudo, um convite para rebelar-se: contra a escassez imposta, contra a ideia de que pobre não merece verde, contra a passividade. O R.U.A. não espera por mudanças—ele as planta, tijolo por tijolo, verso por verso, muda por muda.

Resumo? É um mapa de como fazer o futuro agora, mesmo que o presente pareça um deserto de concreto.



O R.U.A. (Rebelião Urbana Autonomista) é um manual prático de resistência e regeneração, criado por MC Carlos Sagaz – permacultor, agroflorestor, educador social e voz do rap engajado. Nascido das trincheiras das periferias, esse projeto é um chamado à ação direta: transformar territórios marginalizados em polos de abundância compartilhada, através da permacultura e autogestão nas quebradas e espaços urbanos ociosos.

Um guia revolucionário que ensina:

Permacultura Popular: Como criar hortas urbanas, bioconstrução e sistemas de água sem depender do Estado.

Autodefesa Ambiental: Formação de GPRAs (Grupos de Proteção e Regeneração Ambiental) para regenerar quebradas e enfrentar injustiças ecológicas.


Cultura como Ferramenta: A arte como meios de educar e mobilizar.


Economia Autônoma: Redes de troca, moedas comunitárias e soberania alimentar.

O R.U.A. surgiu para unir as quebradas como uma tecnologia social que conecta saberes ancestrais às urgências das cidades, ara enfrentar a escassez com criatividade mostra que o gueto pode ser livre e fértil, mesmo sem recursos externos, e fazer ecoar a voz das ruas.

Sagaz traduz o anarquismo ecológico em linguagem acessível, direto das ocupações e becos.

COMO FAZER PARTE?

Leia o manual: O e-book "Permacultura Popular para o Gueto Livre" será distribuído prioritariamente a quem apoiar o projeto.

Monte um GPRA: Organize seu grupo para proteger e regenerar seu bairro (o livro traz metodologias passo a passo).


Apoie o autor: Sagaz precisa de ajuda para viabilizar transporte (Angra dos Reis → SP) e moradia – quem colabora ganha consultorias gratuitas em permacultura.


Contato/Campanha de Apoio: 
@carlossagaz_arkon | @autonomiaventoleste | @avancarresoluto

PIX: 24 99850-4939
Carlos Eduardo Freitas

Convidamos todas as frentes de ação que estão em lutas afins

... vamos conectar e expandir a Rebelião Urbana Autonomista!

Divulgue, compartilhe, construa com a gente!

Som: - Mc Carlos Sagaz - resistir y educar


quarta-feira, 26 de março de 2025

OU A REVOLUÇÃO INTERIOR, OU A ANIQUILAÇÃO DA HUMANIDADE.

O ALERTA ANARQUISTA DE MARIA LACERDA DE MOURA

"Enquanto o homem estiver armado, é um tirano e um covarde.

Enquanto não fizer a revolução interior para a realização profunda, 

ninguém tem o direito de encher a boca com as palavras ‘revolução social’ 

– porque só pode semear a verdade quem já fez a sua colheita."

 

Em um mundo à beira do colapso — entre guerras, autoritarismos e a mercantilização da vida —, Maria Lacerda de Moura, uma das vozes mais radicais do anarquismo brasileiro, lançou um desafio: nenhuma revolução social será possível sem uma revolução íntima. Seu texto, escrito no início do século XX, soa como uma profecia sobre nossa era de ódio e tecnologia a serviço da destruição. Para ela, a humanidade só escapará do suicídio coletivo quando abandonarmos a violência como linguagem — inclusive a violência disfarçada de "revolução".



FONTE: "FASCISMO, FILHO DILETO DA IGREJA E DO CAPITAL"
https://drive.google.com/file/d/1K4E4W3OLfxEeCLAYNzaUqQKvlK-dppnw/view?usp=sharing


A violência é estéril (e nos condena à repetição)


Maria Lacerda de Moura não poupa críticas aos revolucionários de palavras vazias:

"Os homens e mulheres ‘de ideia’ deixam muito a desejar. O pensamento, em absoluta dissonância com as ações."

Sua mensagem é clara: derrubar tiranos não basta se no lugar deles surgem novos tiranos. Quantas revoluções históricas — ou mesmo movimentos atuais — repetem esse ciclo? A violência, diz ela, é "força desordenada" que só gera mais ódio. Pior: quando a ciência moderna (hoje, poderíamos falar de inteligência artificial, armas biológicas ou vigilância em massa) se alia ao "canibalismo das verdades organizadas", o resultado é a autodestruição da espécie.


Revolução interior: o único caminho


A saída que Maria propõe é radical:

"Só quando o homem realizar um ser superior, tendo abandonado a violência 

aos impotentes e aos degenerados (...), só então terá direito 

de exigir dos outros o respeito à sua dignidade de ser humano."

 


Ela mostra que precisamos abandonar a hipocrisia não agindo como os tiranos que criticamos), respeitar o outro sem coerção; sem polícia, leis ou dogmas e destruir o tirano interno antes de atacar os externos.

Enquanto militantes de hoje carregam bandeiras de liberdade mas reproduzem dogmas, hierarquias e violência, o alerta de Maria Lacerda de Moura permanece atual:

 

"As guerras e as revoluções sociais, uma após outras,  

hão de ensanguentar a terra, inutilmente, perversamente"

 

Podemos imaginar uma revolução que não nasça da dominação, mas da transformação íntima? Ou seremos engolidos pelo fogo que criamos?

Maria Lacerda de Moura, visionária anarquista brasileira do século XX, lançou um alerta que ecoa com urgência em nossos tempos:


"Isso será até o suicídio coletivo da humanidade, através da técnica moderna

da ciência - a serviço do canibalismo das verdades organizadas".


Esta afirmação profética revela o cerne de nossa crise civilizatória - o uso perverso do conhecimento científico e tecnológico para fins de dominação e destruição, disfarçado sob o manto de "verdades absolutas" impostas por sistemas de poder.

Quando fala em "técnica moderna da ciência", Maria antecipa o que hoje vivenciamos como armas de destruição em massa, algoritmos de vigilância em massa, manipulação genética e inteligência artificial militarizada. Não é a ciência em si que ela condena, mas seu sequestro pelos mecanismos de poder. O "canibalismo das verdades organizadas" representa precisamente esse processo onde sistemas políticos, econômicos e ideológicos devoram diferenças e impõem visões únicas de mundo, seja através de Estados autoritários, dogmas religiosos ou mesmo certos movimentos revolucionários que, paradoxalmente, reproduzem as mesmas estruturas de opressão que pretendiam combater.

Diante deste cenário apocalíptico, Maria Lacerda propõe um caminho radical de transformação: a revolução íntima. Esta não é uma fuga individualista da realidade coletiva, mas sim a base indispensável para qualquer mudança social verdadeira. A revolução íntima exige um autoconhecimento implacável - enfrentar nossos próprios preconceitos, nossa sede de poder, nosso medo da liberdade. Requer que abandonemos a violência como método, pois combater violência com violência apenas perpetua o ciclo de opressão. E, sobretudo, demanda uma coerência absoluta entre pensamento e ação - não basta proclamar ideias libertárias se nossa vida cotidiana ainda reproduz hierarquias, consumismo e indiferença.

É neste contexto que o Rizoma Kairós emerge como herdeiro contemporâneo desse pensamento libertário. Não como mais um movimento que pretende impor verdades, mas como espaço de construção coletiva que entende a transformação íntima como fundamento da mudança social. O Rizoma Kairós encarna a compreensão de que não há revolução social sem indivíduos verdadeiramente livres - pessoas capazes de respeitar o outro sem necessidade de leis ou policiamento, de agir por convicção ética e não por medo de punição, de romper com a mentalidade de rebanho que nos faz trocar um tirano por outro.

Vivemos um momento histórico onde a esquerda frequentemente cai nas armadilhas do autoritarismo, a direita alimenta o ódio e o individualismo, e o capitalismo nos reduz a meros consumidores passivos. Diante destas falsas alternativas, o caminho apontado por Maria Lacerda de Moura e abraçado pelo Rizoma Kairós propõe uma terceira via: a construção cotidiana de relações horizontais, o cultivo da autonomia pessoal e coletiva, a rejeição de todas as formas de dominação - inclusive aquelas que se escondem sob roupagens revolucionárias.

O alerta final de Maria Lacerda nos coloca diante de uma escolha crucial: continuar alimentando o canibalismo das verdades organizadas e marchar rumo ao suicídio coletivo, ou encarar a difícil mas necessária revolução íntima que pode nos levar a uma humanidade verdadeiramente livre e emancipada. O Rizoma Kairós não é apenas um movimento, mas um convite à ação - um chamado para que cada um de nós comece a transformação por si mesmo, plantando as sementes da mudança em seu interior para depois estendê-las ao mundo.

Como bem disse Maria Lacerda de Moura, não basta destruir os tiranos externos - é preciso destruir o tirano que habita dentro de cada um de nós. Esta é a lição mais radical e mais urgente que ela nos deixou, e que o Rizoma Kairós mantém viva em sua prática cotidiana. Num mundo à beira do colapso, esta pode ser nossa única chance de evitar o suicídio coletivo e construir, finalmente, uma sociedade verdadeiramente livre.



Assista mais sobre Maria lacerda de Moura aqui:
https://www.instagram.com/p/C_lMz9APAji/


#AnarquismoFeminino #RevoluçãoInterior #MariaLacerdaDeMoura #RizomaKairós #anarquismo #revolução #consciencia #humanidade



domingo, 23 de março de 2025

Anarco Partilhas (Audios do Núcleo de Estudos Anarquistas Rizoma Kairós)

 


O Anarco Partilhas é uma série de cortes extraídos das conversas que rolam durante as reuniões do Núcleo de Estudos Anarquistas Rizoma Kairós. São fragmentos de trocas de ideias, reflexões e provocações que emergem das nossas chamadas de vídeo, condensados em pequenos registros audiovisuais para alcançar mais gente e expandir os debates.

A proposta é simples: capturar momentos-chave dessas discussões e disponibilizá-los de forma acessível, direta e sem firulas. Em cada vídeo, a logo do núcleo aparece sobre um fundo preto, deixando o foco onde realmente importa: no conteúdo falado. Sem estética mercadológica, sem distrações, apenas a voz da partilha anarquista reverberando.

Entre os temas já abordados, temos anarquismo e sua essência, mulher, poder e patriarcado, amor, liberdade e consumismo, entre outros que emergem organicamente das discussões. Cada corte carrega em si não apenas uma reflexão isolada, mas um convite para aprofundar coletivamente essas questões.

Acreditamos que aprender é um processo contínuo e coletivo, e que compartilhar essas trocas é mais um meio de fortalecer redes e construir referências fora da lógica acadêmica convencional.

Os vídeos do Anarco Partilhas estão disponíveis em nossas plataformas, e seguimos abertos a sugestões, críticas e novas vozes para compor esse fluxo de ideias. Afinal, conhecimento que não circula, morre engaiolado.

Confira os cortes, compartilhe, participe e fortaleça a partilha anarquista!

ANARCO PARTILHAS (ANARQUISMO E PONTO)
Este vídeo apresenta trechos de partilhas do Núcleo de Estudos Anarquistas Rizoma Kairós, focando em discussões sobre o anarquismo.


ANARCO PARTILHAS (MULHER, PODER E PATRIARCADO):
Neste vídeo, são abordadas questões relacionadas à mulher, poder e patriarcado, sob a perspectiva anarquista.


ANARCO PARTILHAS (AMOR, LIBERDADE E CONSUMISMO):
Este vídeo discute temas como amor, liberdade e consumismo, explorando essas questões através de uma lente anarquista.


domingo, 16 de março de 2025

Manual de Permacultura Urbana "Rebelião Urbana Autonomista" - Mc Carlos Sagaz




"Rebelião Urbana Autonomista - Permacultura Popular para o Gueto Livre", de MC Carlos Sagaz, é um livro que emerge das entranhas das periferias como um grito de liberdade e um chamado à ação. Escrito por um homem que vive e respira a luta das quebradas, esta obra é um manifesto prático e inspirador, que une permacultura, anarquismo e cultura popular em uma proposta transformadora para as comunidades urbanas. Carlos Sagaz, MC, permacultor, agroflorestor e educador social, traz para as páginas deste livro a sabedoria acumulada em anos de ativismo e trabalho comunitário. Ele é um dos fundadores do Coletivo Autonomia Vento Leste e da Escola Biosinérgica, além de liderar a frente humanista ecossocial AVANÇAR RESOLUTO, que forma Grupos de Proteção e Regeneração Ambiental (GPRAs) em diversas áreas. Sagaz também integra o Rizoma Kairós, um coletivo que busca unir teoria e prática na construção de alternativas autônomas e libertárias.

O livro é um manual para a autonomia, um guia que ensina como transformar terrenos baldios, quintais e espaços comunitários em áreas produtivas e sustentáveis através da permacultura popular. Ele mostra que é possível cultivar alimentos, captar água da chuva, gerar energia renovável e regenerar o meio ambiente mesmo nos contextos mais desafiadores das periferias. Mas vai além da técnica: é um convite à organização comunitária, à autogestão e à construção de poder popular. Sagaz nos lembra que a verdadeira mudança começa nas bases, na capacidade das pessoas de se unirem, de forma horizontal e solidária, para resolver seus problemas e criar um futuro de abundância.

A obra também é um tributo à cultura das quebradas, à música, à arte e à comunicação popular como ferramentas de resistência e transformação. Sagaz, com sua experiência como MC, sabe que a cultura é um campo de batalha, e que as narrativas que construímos podem libertar ou oprimir. Ele nos convida a usar a criatividade e a expressão artística para fortalecer as lutas das periferias e construir novas formas de viver e conviver.

Por fim, "Rebelião Urbana Autonomista" é um livro profundamente anarquista, no sentido mais puro e radical da palavra. Ele rejeita as hierarquias, o autoritarismo e a exploração, propondo em seu lugar a autogestão, a cooperação e a liberdade. Sagaz nos mostra que o anarquismo não é uma utopia distante, mas uma prática cotidiana, que pode e deve ser vivida nas quebradas, nas hortas comunitárias, nos mutirões e nas assembleias populares.

Este livro é um presente para todos que acreditam na potência das periferias e na possibilidade de um mundo mais justo e sustentável. Ele já está saindo do forno, pronto para ajudar a unir nossas quebradas em suas potências de abundância. "Rebelião Urbana Autonomista" não é apenas um livro; é um chamado à rebelião, à autonomia e à construção do Gueto Livre que todos merecemos. A permacultura Urbana, acontece intuitivamente nas Okupas do povo de luta em retomada ancestral




@casaamareladeculturacoletiva recicla materiais que são descartados pelas demolições das construções da cidade, e evita que esse material vá parar nos aterros sanitários.

A nega Raquel faz uma comparação dos povos da floresta com os permacultores urbanos.

A cidade precisa desse olhar ecológico da cultura de permanência de quem resiste bravamente a colonização do asfalto e do cimento

RIZOMA KAIRÓS : CONSTRUIR DESDE A PRÁTICA

Nós somos uma malha de conexões que ligam redes através de indivíduos livremente associados, fortalecendo os processos de emancipação dos in...